domingo, 27 de novembro de 2016

"Ergo uma Rosa" de José Saramago inspira o espetáculo Rosas Y Olé!

E então eis que após um ano de criação, dedicação, entusiasmo estamos há uma semana do espetáculo Rosas Y Olé. Confiram um pouco do que foram esses últimos dias de ensaio!


domingo, 20 de novembro de 2016

25º festival de dança do Triangulo Mineiro: Presença marcante da arte Flamenca

O 25º festival de dança do Triângulo Mineiro em sua abertura contou com o espetáculo: "Nosso Flamenco" do Grupo Flamenco Soniquete de Campinas. 


Podemos apreciar a fusão do flamenco com brasilidades, uma verdadeira viagem da Espanha ao Brasil no qual os artistas fizeram alusões as touradas até o folclore nordestino. Impressionante do Cante, música e baile. 

Nos dias 13 e 14 de novembro tivemos a Oficina de Zambra com o dançarino, figurinista e estudioso da arte flamenca com mais de 30 anos de dedicação Ricardo Samel. Uma oficina marcada pela abordagem dos aspectos históricos, dos elementos e do baile em si que compõem a Zambra. As aulas do Grupo Veruska Mendes marcaram presença em peso.

E encerrando com chave de ouro as alunas do avançado (Maria Cristina Vidigal, Christiane, Giovana Moraes, Maíza e Cecília) do Grupo juntamente com os músicos apresentaram dois bailes festivos na mostra amadora no dia 14/11 no Sabiazinho - o primeiro baile inspirado no poema de Frederico Garcia Lorca - Anda Jaleo pela voz de Gisela Gasques, musicado por Celso Cintra, Thiago Ayer, Helil Lourenço, Idalmo e Jack Will, coreografado por Talita Sanches com uma releitura de Veurska Mendes. 




 O segundo baile, Triana,  Puente y aparte de Miguel Poveda levou o público a se entregar a paixão "gitana" um baile muito festivo dançado com Mantons de Manila :


 Esta última e bela imagem capturada pelas lentes de Mariana Naves, também aluna do grupo retratam a alegria, satisfação e grandiosidade de todos estes momentos. Olé!!!

domingo, 6 de novembro de 2016

Muito "Olé" na Festa da Bricolagem na Leroy Merlin de Uberlândia

     A Festa da Bricolagem acontece anualmente e é o maior evento promovido pela rede francesa. A bricolagem veio do francês, “bricolage”, termo usado para definir a prática de trabalhos sem ajuda de um profissional. Assim, com 39 lojas distribuídas em onze estados brasileiros sendo que uma dessas lojas  está situada aqui na cidade de Uberlândia. 
  Esta festa, para além do intuito comercial, promoveu muita cultura e arte na edição deste ano. Cada departamento, representava uma parte do mundo e clientes e colaboradores entravam em contato com a cultura do local. 
      O representante da "Espanha" na festa, Adilson Costa, convidou o Grupo Flamenco Veruska Mendes para mostrar a arte Flamenca que no dia 31/10/16 esteve na loja física apresentando "Sevillanas" com as bailaoras: Veruska Mendes, Maria Cristina Vidigal, Giovana Moraes, Mariana Naves e Cyntia Goulart. Além da dança, o público pode admirar a beleza dos trajes e acessórios usados no baile como as castanholas, manton e leques. 

Confiram parte da apresentação: 


domingo, 30 de outubro de 2016

Flamenco é força!

    No flamenco não existe meio termo. É tudo ou nada. Não consegue tomar uma decisão? Comece a aprender flamenco e com o tempo vai ver... tudo fica mais claro. "Esta dança é a coragem. 
Bailaoras: Maria Cristina Vidigal; Veruska Mendes e Giovana Moraes
Espetáculo: Pá los sentidos - 2015
   Outras danças são alegres. A alegria desta é séria. É o triunfo mortal de viver o que importa." O trecho do texto Espanha, de Clarice Lispector, traduz a urgência do flamenco e me lembra do que pensei, exausta e feliz, ao fim de uma aula com la gran maestra Juana Amaya: flamenco não é para os fracos. A bailaora espanhola, uma das maiores de sua geração, esteve no Brasil no final de março, por curta temporada, para algumas classes, na Cuadra Flamenca, escola que escolhi por ser um dos centros de estudos de flamenco mais genuínos de São Paulo.

Espetáculo Pá los Sentidos - 2015
Bailaoras do Grupo Veruska Mendes

   Sob a batuta da maestra Vera Alejandra Biglione, precursora do flamenco contemporâneo no Brasil e uma das grandes culpadas por eu cair de amores por essa dança, a Cuadra é um pedacinho do Sul da Espanha no bairro de Pinheiros. Um ponto de encontro de guitarristas, cantaores, bailaores dos bons, além de promover cursos internacionais como o da Juana Amaya. Nem nos sonhos mais loucos imaginei que, com pouco mais de um ano de aulas, conseguiria sapatear no ritmo da bailaora espanhola, o que me fez ver o quanto a base que ganhei na Cuadra faz a diferença. "Mas rápido! Flamenco es como la vida. No espera!", diz Juana, entre um passo e outro. Mais tarde, na sala espelhada em que nos encontramos para a entrevista, menciono meu pensamento de que os fracos não têm vez nessa dança. "O flamenco é para todos", golpeia Juana. "Para todos os que o recebem de coração aberto."
Bailaora Giovana Moraes por Sevillanas

     Juana Amaya vem uma dinastia cigana, do povoado de Morón de la Frontera, perto de Sevilha, no coração da Andaluzia --o berço do flamenco. Leva nas veias o sangue das famílias Vargas e Amaya. Sua avó Francisca (como a minha!), tinha o sobrenome "Amaya Amaya". O célebre guitarrista flamenco Diego Amaya Flores, mais conhecido como Diego Del Gastor, era o tio que embalava os encontros da família festeira e dançante. Juana começou a dançar tão chiquita, que as primeiras lembranças que tem de si mesma, bailando, são de brincadeira. "Havia um pátio cheio de flores, no bairro de Santa Cruz. Eu e meu primo Ramón (Barrull), um pouco mais velho, bailávamos ali. Me recordo de bailar brincando e de estar todo dia bailando", diz. Aos 9 anos, já era a estrela mascote das peñas de Morón e de Alcalá, com seu baile selvagem e doce, como o flamenco que ela traduz e ensina. "Hay que tener ganas, mas sem perder a sensibilidade. O flamenco, como a música, vive do sentimento humano: alegria, tristeza, morte, amor, desamor. Acima de tudo, é uma forma de vida. Vives com ele e morres com ele. 
Bailaora Maria Cristina Vidigal 

      Com a guitarra mágica de seu tio Diego, Morón de la Frontera passou a atrair gente de todas as partes do mundo e de todos os cantos da Espanha. Gente como o bailador e coreógrafo Mario Maya que, encantado com a pequena Juana, fez dela, aos 13 anos, a primeira bailarina de sua companhia. Foi quando ela se deu conta de que bailava profissionalmente. "Naquela época não havia tantas escolas, tanta comunicação. Os artistas se formavam trabalhando. Hoje, é uma sorte ter tanta informação e formação", diz. Pelo mundo afora, Juana Amaya, assim como seu primo Ramón Barrull, se tornaram ícones do flamenco. Barrull, contudo, morreu cedo e ela seguiu bailando com todos os grandes: Joaquín Cortés, Antonio Canales, Manolete, Farruquito... Mais fácil, talvez, dizer com quem Juana Amaya não bailou.
Bailaora e coreógrafa Veruska Mendes 

A maestra veio p​ela primeira vez ​ao Brasil, graças a iniciativa das flamencas Vera Alejandra (Cuadra Flamenca, na foto abaixo) e Ana Marzagã​o (na foto acima) --duas apaixonadas pe​lo trabalho de ​​​Juana Amaya. Vera Alejandra​, minha atual maestra,​ iniciou​ com a​ bailarina espanhola Ana Esmeralda, rodou o mundo com sua arte​, ​com passagens por Espanha e Argentina​, ​e dirige a sua querida Cuadra Flamenca, com ​fuerza no tacón​​!, há dez anos."O Flamenco é uma força avassaladora, e quando você é ​'​fisgado​'​ por essa força​,​ não há como não entregar-se. ​Para mim, essa dança deve vir sempre acompanhada de verdade, a sua verdade, a sua história pessoal, pois ​afinal ​nasceu contando a história desse maravilhoso povo andaluz​ e​ dos gitanos​,​ especialmente​. É o que procuro fazer na Cuadra Flamenca, um trabalho sincero e com paixão​, ​tentar tirar o melhor de cada um e traduzi-lo para a linguagem flamenca​.​ ​T​er feito essa parceria para trazer a Juana Amaya foi como reafirmar essa busca do flamenco verdadeiro e puro, pois​ é o flamenco que ela carrega em sua arte​", diz Vera Alejandra.
Todas as alunas do Grupo bailando por sevillanas e celebrando os 10 anos do Grupo.
"O flamenco é para todos"

Para quem está nos primeiros passos da dança, como eu, la gran maestra deixa o recado: "Insista, não desista. O flamenco é um aprendizado eterno. Quando pensas que conquistou algo, vem outra fase, outro desafio. Ensaiando, se dedicando e tendo 'ganas', tudo sai." Até mesmo a lembrança de uma letra de cante, que Juana hesita em puxar da memória. "O cante não se trata da letra, mas da maneira de cantar. São letras de pena, de lágrimas, por que nasceram do sofrimento de gente pobre, marginalizada, pessoas que não têm mais nada, mas saem bailando e cantando", segue ela, ensinando. Por fim, se lembra de quatro frases de uma soleá, "a mãe de todos os palos (nome que recebe cada cante)", que diz mais do que mil palavras sobre a força "avassaladora" do flamenco:
"Fui piedra y perdí mi centro 

y me arrojaron al mar 
ya fuerza de mucho tiempo 
mi centro volvió a encontrar"

Créditos: Rosane Queiroz - Jornalista

domingo, 23 de outubro de 2016

As diferentes ênfases do Flamenco: tradicional,moderno e contemporâneo

O flamenco espanhol se divide em 3 categorias: Flamenco Jondo ou Antigo, que é o mais tradicional; Flamenco Clássico, o mais moderno e que utiliza novas técnicas; e o Flamenco Contemporâneo, uma mistura dos outros dois já citados , adicionando a eles o jazz e o fusion. 

Neste vídeo, o guitarrista Flamenco Flávio Rodrigues explica as diferenças.


domingo, 9 de outubro de 2016

Flamenco: a importância do sapateado!


O Flamenco é uma combinação de música, canção e dança. Na sua dança, há tapas no corpo, mas a característica mais forte é a presença das palmas e frases rítmicas do sapateado. Este último, confere uma presença marcante para os palos Flamencos, no qual os bailaores e bailaoras utilizam os pés como percussão. Assim o sapato é especial tendo na sola e no salto pequenos pregos que acentuam o som.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Curiosidades sobre o Flamenco!

    O Flamenco é muito mais que um tipo dança, sendo  considerada como uma real expressão artística. O seu significado reflete a cultura da Andaluzia (região sul da Espanha). Originada primeiramente nas ginaterias (bairros pobres ciganos), tornou-se uma arte popular tecnicamente elaborada e com grande expressão emocional, sendo passada de geração para geração pelas famílias ciganas, e que ao longo dos anos se difundiu a nível mundial transformando-se, provavelmente, na mais conhecida expressão da cultura espanhola.
     O cante é a forma mais antiga do flamenco, com o passar do tempo, novos elementos e inovações (técnicas modernas) passaram a ser incorporado, extrapolando-se os limites do folclore, difundindo-se cada vez mais para um número crescente de adeptos.

  A dança flamenca une muitas influências em sua técnica: dança moderna, contemporânea e balé clássico, tornando o Flamenco ainda mais rico, sendo considerado a arte mais completa, tanto corporal como musicalmente. Resultado da mescla de muitas culturas, porém, mais importante que sua história e suas técnicas, deve-se ressaltar que a Arte Flamenca é antes de tudo uma atitude, onde os sentimentos e emoções do interior da alma, são expressados e compartilhados através do prazer da música, do cante, do baile, do toque da guitarra espanhola e de seu elemento fundamental, o duende (alma ou sentimento flamenco).
    

    As antigas reuniões do flamenco, onde os ciganos juntavam-se para cantar e dançar com a finalidade de liberar suas tensões e frustrações da vida, são até hoje conhecidas como juergas, e nelas, o importante é ser espontâneo na expressão artística. A juerga geralmente inicia-se com um encontro, onde as pessoas conversam, comem e tomam vinho, e logo após dançam o Flamenco por toda a noite!



O nosso grupo aqui em Uberlândia também se reúne para cantar, tocar e dançar, especialmente após os espetáculos!



sábado, 24 de setembro de 2016

Sobre Farruca Flamenca

Farruca é um dos palos flamencos mais recentes.
Sua origem está no folclore do norte da Espanha , e foi levado para a Andaluzia , em meados de século XIX pelos jovens homens que foram à região para trabalhar de forma temporária, ou que queriam estabelecer como taberneiros ou comerciantes de peixe , e, mais tarde foi adaptada por músicos da Andaluzia que lhe deram os ritmos flamencos. Assim, este cante se popularizou de forma significativa na primeira metade do século XX .
Apesar deste cante e baile ser ligado ao masculino pelo seu histórico, ele é dançado pelas bailadoras flamencas. Este baile fará parte do espetáculo Rosas Y Olé. A turma avançada do Grupo Flamenco Veruska Mendes bailarão uma farruca. 




domingo, 18 de setembro de 2016

Dos bailes: Rumba Flamenca

Rumba flamenca é um estilo musical considerado um ramo do flamenco. Costuma empregar vozes tanto masculinas como femininas, bem como execuções puramente instrumentais. Este estilo, como seu nome o indica, se originou a partir da mistura do flamenco com a rumba cubana. Está relacionada com a rumba catalã.
Os instrumentos principais da rumba flamenca são as palmas, o violão flamenco e as castanholas. Entre os anos 1970 e os 1980, incorporou-se também o cajón.


Neste ano, no espetáculo Rosas Y Olé que acontecerá dia 04/12/16 (Teatro Rondom Pacheco) a turma iniciante do Grupo Flamenco Veruska Mendes apresentará uma Rumba Flamenca!





terça-feira, 13 de setembro de 2016

Matéria para o programa Manhã Total


Grupo Veruska Mendes no Programa Manhã Total da TV Paranaíba. Confiram!
Contato: grupoflamencovm@gmail.com
Venha fazer parte dessa arte!

O lugar da arte

"A arte nos reposiciona: saímos do lugar-comum, transcendemos e passamos a desenvolver um olhar amplo e generoso para o que nos cerca. A arte homenageia nossa inteligência e nossa sensibilidade. É feita de magia, beleza e espanto. Cala a nossa voz e desperta nossos sentimentos, sem os quais seriamos pessoas vazias."
Veruska Mendes